terça-feira, janeiro 08, 2013

Ex-Morador de Rua Ganha 100 Mil ao Mês Empreendendo


Empreendedor Online Jhileade

Vamos acompanhar esta notícia:


Marcelo Ostia, 31 anos, é um empreendedor que fatura em torno de 100mil reais ao mês, mas nem sempre assim. O empresário já morou nas ruas da cidade de São Paulo. Foi com muita vontade e coragem que se reergueu, tornando-se um empresário bem sucedido. Hoje sua história é referência nacional de superação pessoal e profissional.

O ex-morador de rua vendia camisetas em Itu-Sp aos 18 anos, lucrando com o negócio. Marcelo não aproveitara o dinheiro que ganhou com as vendas e gastou desordenadamente. Segundo o próprio empreendedor, ele era um “filho de papai”. Não demorou muito para Marcelo fali e fechar o seu negócio.

Esperando ver melhoras em sua vida, Marcelo Ostia viajou para São Paulo com apenas R$50,00 no bolso. Nesse período, o aventureiro gastava uma média de 4 reais ao dia durante um mês. Como não havia onde morar e não tinha dinheiro, Marcelo passou algum tempo na rua, alugando um estacionamento para dormir.

Ainda com muitas dificuldades, Marcelo descobriu que sua namorada estava grávida, o que o fez voltar para Itu. Chegando na cidade, distribuiu currículo para encontrar um emprego. Começou a trabalhar como auxiliar administrativo recebendo um salário mínimo ao mês.

Com o pequeno salário, não haveria como Marcelo sustentar a si e a seu filho, foi aí que teve a idéia de voltar a vender camisetas personalizadas. Para Marcelo Ostia, “foi o recomeço”. O final dessa belíssima história de superação vocês assistem no vídeo abaixo. São cerca de 8.000 camisetas vendidas por mês e um lucro de R$ 100 mil.

ENTREVISTA COM MARCELO OSTIA

Descobri que havia nascido para trabalhar com confecção aos sete anos, quando ganhei uma camiseta do Batman e fiquei curioso para saber como ela havia sido feita.

Aos 18 anos, confirmei a teoria ao abrir uma empresa de estamparia de roupas em Itu [a 101 km de São Paulo], cidade onde moro hoje. Ganhei muito dinheiro [com o negócio], mas como era "filho de papai", não soube aproveitar a oportunidade.

O empreendimento chegou ao fim quando tomei calote de R$ 4.500 de um dos clientes e fiquei no vermelho. Para microempresas, qualquer perda é um grande prejuízo.

Falido e desempregado, fui para São Paulo com R$ 50 para vender peças personalizadas e reerguer minha vida financeira. Durante um mês, sobrevivi com R$ 4 por dia.

Para não dormir na rua, aluguei um estacionamento no Brás (centro de São Paulo). Não tinha carro, mas usava a vaga para descansar. Era uma forma de me proteger da violência nas ruas. Dormia sobre um cobertor velho e usava camisetas com defeito como travesseiro.

Durante o inverno, tomava banho no tanque de uma fábrica sem xampu nem sabonete. Sentia frio e pegava gripe com muita facilidade.

No começo da noite, vagava pelas ruas para evitar o barulho do entra e sai de carros no estacionamento.

Tapa na Cara

A minha vida mudou quando tomei um "tapa na cara" do destino: recebi uma blusa usada de representantes da prefeitura em uma campanha que dá roupas a pessoas carentes. Eu, que vendia peças novas, aceitei uma antiga.

Era com essa camiseta que me cobria enquanto dormia no estacionamento. Três meses depois de chegar a São Paulo, a mãe de um colega me chamou para morar com ela e deixar as ruas.

Era uma muçulmana de quem até hoje só consegui ver os olhos [por causa da vestimenta]. Fico triste por saber que, se encontrá-la, não a reconhecerei para agradecer o que ela fez por mim e pela minha carreira.

Os planos na capital foram interrompidos quando soube que minha namorada, em Itu, estava grávida. Voltei ao interior disposto a ser empregado para criar o bebê.

Fiquei três meses distribuindo currículo e consegui emprego como auxiliar administrativo em uma fábrica. Mas a alegria não durou muito. Um salário mínimo não foi suficiente para sustentar a minha filha.

Recomeço

Para complementar a renda, voltei a vender camisetas personalizadas em um portal de compras. Foi um recomeço em 2004.

Meu interesse de infância em empreender foi atiçado, apesar de ter falhado na primeira tentativa. Juntei R$ 300 e montei um site para mostrar e vender as peças. A ideia deu frutos e, depois de um ano, transformou-se no site Camisetas da Hora. Deixei de ser empregado.

Hoje vendo cerca de 8.000 camisetas por mês e tenho faturamento mensal de R$ 100 mil, loja própria em um shopping na cidade de Itu e 340 microfranquias distribuídas pelo Brasil.

A minha meta como empreendedor é chegar a mil microfranquias no país, exportar as peças e ser reconhecido como o maior empresário de camisetas do mundo. Minha história fez toda a diferença para o sucesso como empreendedor.

As dificuldades me fizeram ser uma pessoa melhor e mais humilde, compreensiva e paciente. A camiseta usada que ganhei na campanha está hoje emoldurada e pendurada em uma das paredes da empresa.

Site de Marcelo Ostia: http://camisetasdahora.com

Fonte: Folha de São Paulo, 24/01/2012: http://classificados.folha.uol.com.br


--
Atenciosamente,



Empreendedor Online Jhileade



0 comentários:

Postar um comentário