Empreendedor Online Jhileade
Vamos iniciar o artigo de hoje com o seguinte texto:
Não faço parte de nenhuma empresa de MMN, mas participo em reuniões de diferentes empresas sempre que me convidam. E existe algo muito interessante que observo nessas reuniões, e já se foram centenas delas ao longo dos últimos 10 anos, a maioria no eixo Rio-São Paulo, mas também em Curitiba, Belo Horizonte, Florianópolis, Porto Alegre, Londres, Paris, Bruxelas, Nova Iorque... independente da empresa, da cidade ou do modelo de negócios, o mesmo padrão americanizado está presente, o mesmo estilo de reunião: falam-se muito sobre estilo de vida, riquezas, coisas boas, vantagens e mais vantagens de se trabalhar por conta própria, pessoas bem vestidas, atmosfera de felicidade, noções de sucesso x fracasso, noções de mentalidade de empreendedor x empregado, muitas palmas, e a egrégora sugando todos para o negócio, trabalhando para o clímax de um fechamento que irá falar seu próximo passo e pouco, muito pouco sobre as frustrações do caminho.
Destinam às frustrações apenas algumas brincadeiras pejorativas, outras levemente engraçadas e a função didático-emocional em 100% das histórias pessoais dos principais palestrantes, como um banho de motivação e encorajamento do tipo se-eu-consegui-você-também-consegue. É emocionante. De verdade! Gosto muito desses depoimentos, especialmente quando o palestrante tem comprovado sucesso, pois me interessa saber como as pessoas bem-sucedidas atravessaram suas frustrações quando ainda não tinham sucesso, que é quando elas podem ser mais destrutivas. Por esse mesmo motivo, acho mais valiosos os livros de biografia do que os de auto-ajuda. Mas fora esses depoimentos, as demais abordagens do tema frustração nesse tipo de evento (de primeira exposição) são tão profundas quanto um pires.
Talvez, frustração não seja tema fácil de abordar em um negócio onde a maioria fracassa, onde a maioria se frustra. Certamente não é. Até porque a frustração é algo bastante subjetivo e individual, alguns se frustram quando fazem ligações negativas, outros quando fazem visitas sem vendas, outros quando seus clientes não usam os produtos direito e reclamam, outros ainda porque não conseguem manter um grupo de distribuidores por muito tempo, há os que não conseguem trabalhar online, há os que não conseguem trabalhar offline. Enfim, com o passar dos dias de trabalho em MMN, cada distribuidor vai descobrindo na própria pele, onde a porca torce o rabo, onde as frustrações precisarão ser trabalhadas.
As frustrações podem destruir ou edificar nossas vidas. Vejamos um exemplo: no final do ano passado, estava na Escócia, quando recebi a notícia de que meu melhor amigo, um de nossos colaboradores, decidiu por fim à sua vida. Ele foi uma pessoa especial, inteligentíssima e querida por mim e por muitos. Mas havia meses que sofria com o término de um relacionamento. E essa frustração, que para algumas pessoas se converteria em um valioso aprendizado e amadurecimento para relações futuras, ou uma oportunidade de olhar para novos horizontes, nele acabou provocando, infelizmente, o seu próprio fim. Se as frustrações tiram as pessoas da vida, imagine dos negócios...
Algumas empresas oferecem excelentes treinamentos sobre o tema, porém apenas em grandes eventos para a liderança. O problema é que a maioria não chega até lá. E se maioria dos fracassos acontece nos primeiros estágios do negócio, fica evidente que são esses os que mais precisam aprender a lidar com isso, desde o começo. Quantos distribuidores você já perdeu porque não souberam lidar com as frustrações do negócio? Alguns quase levaram você junto, imagino.
Frustração é uma daquelas coisas que cada um de nós precisa encontrar sua própria maneira de resolver, de lidar com. Há quem diga que o que deve ser feito é não criar expectativas - não ensinam como, claro. Prefiro sugerir que busque informação, leia mais livros sobre, participe de treinamentos relacionados, pesquise, compartilhe suas descobertas e aprendizados com seu grupo. Há excelentes escritores/treinadores sobre esse tema. Jim Rohn é o meu preferido. Tenho comigo que a frustração é uma coisa muito feia, viscosa, incômoda, mas é capaz de impulsionar uma transformação incrível na vida de qualquer ser-humano. E é especialmente aí, que eu acredito no MMN como ferramenta, como estopim, para gerar o tal desenvolvimento pessoal que tanto se fala, não através dos treinamentos de produtos, negócios, liderança e motivação. Receio que nada disso constrói pessoas melhores, no máximo constrói profissionais melhores. O que as desenvolve, o que as melhora, o que as edifica, é esse momento de desconforto total quando carregado de resolução. É o que faz esse, assumir seus sonhos; aquele, encarar e vencer seus medos; esse outro, lidar com seus fracassos; aquele lá, aceitar suas limitações; e permite que todos continuem melhorando, cada qual em seu processo e em seu ritmo. Assim como a ostra que se irrita e se protege das substâncias estranhas que adentram o seu interior, produzindo lindas e valiosas pérolas, acredito que nós podemos fazer o mesmo com as nossas frustrações. Transformando-as em pérolas lindas e valiosas, que espalharemos pelo nosso caminho agregando mais valor à nossa vida, negócios e à vida das pessoas em volta.
Por Diego Lourenço
Fonte: http://www.facebook.com/prospectare/posts/491160474266784
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Atenciosamente,
Empreendedor Online Jhileade
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